quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pensamento do dia


As amizades são como barcos a remos, só navegam em frente quando são os dois a remar, quando é só um a remar anda-se à volta e não se sai do mesmo local!

domingo, 20 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

As senhas e o SNS

O Serviço Nacional de Saúde está a ficar com uma máquina bem oleada, perdão, bem senhada! Isto agora é senhas pra tudo, quase que chega ao ponto de uma pessoa ter que pedir senha para tirar senha.

Que isto aconteça em centros de saúde em localidades perdidas no meio da serra provinciana é mau, mas ainda vai que lá vai, agora acontecer no centro de saúde da maior freguesia do país... é de loucos.

Uma pessoa madruga para chegar e ter a esperança de tirar senha, depois disso ficam-se horas e horas a espera para quê? Para ser vacinado ou para pedir um atestado... haja Deus.

Não tarda muito voltamos às senhas de racionamento como nos antigos países de Leste.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Vacinação


Amanhã lá vou acordar cedo, para tirar a senha para levar a pica... ai Deus... agora tira-se senha para tudo... o bom é que acabo por ter que faltar ao trabalho! LOL

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Terá Eckart Tolle razão?

Respondendo a uma pergunta feita num outro blog. Terá Eckhart Tolle razão nas coisas que afirma? Não sei. Dele só li apenas um livro, "O poder do Agora". É um livro interessante, não porque traga algo de muito novo, mas porque consegue condensar em palavras muito do que no fundo passa pelo senso comum duma inteligência emocional maturada.

Em certa medida dá-me vontade de dizer que o nome lhe faz jus. Eckhart Tolle é um Tolo. Mas tolos todos o somos. Por isso, essa não poderá ser a verdadeira resposta sobre se ele terá ou não razão no que afirma.

É certo que o que ele afirma nos faz pensar, o que, aliás, é o objectivo dos seus escritos, no entanto, a meu ver, há uma enorme falha em toda a sua obra. As pessoas não são iguais, não funcionam como meros mecanismos autómatos em que, mexendo aqui e acolá, tudo ficará perfeito.

O ser humano é feito de imperfeições, que existem e sempre existirão. E aí falha, porque não há manuais, não há receitas sagradas para resolver as coisas, nem tudo é tão simples como ele o afirma. Ao dizer "basta fazer" parece quase um psicólogo de terceira numa sessão com alguém depressivo em pleno ataque de pânico!

É certo que o ser o humano tem tendência para complicar o simples, e fá-lo com medo (medo esse que tem origens diversas). É certo também que esses medos nos fazer perder oportunidades que por vezes são únicas e que só nos apercebemos disso quando já as deixámos passar.

Dará mesmo para separar o corpo da mente? A mente do corpo? Quem controla quem se ambos estão interligados e um não funciona sobre o outro. Não sei... é como disse, não há receitas mágicas!

Insónia II


domingo, 13 de setembro de 2009

Breathe

And then it comes a time when you just need to let go and breathe...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Figura de urso

Há uma canção que conta "shame on you if you fool me once, shame on me if you fool me twice"! Não é bem o caso aqui, mas na prática pode aplicar-se quase na perfeição. O "you" não é o mesmo, mas o certo é que a minha ingenuidade, o meu acreditar, me levou a ser "fooled twice"!

Há muito tempo já que não tinha ninguém e, out of the blue, me apareceste tu! Ainda me recordo do que senti quando te vi ao vivo pela primeira vez. Era de noite, estavas a sair do carro e olhaste para mim, e eu senti toda uma corrente de energia a percorrer-me o corpo, algo que me fez sentir vivo, vibrante, como há muito não sentia (e não, não era o telemóvel no bolso a vibrar).

Foi estranho aquele primeiro encontro. Convidei-te para um chá, mas afinal não eras grande apreciador de chá. Falámos por um longo período (como era habitual em nós), sentados no sofá, eu controlando-me para não sentir o sabor do teu beijo.

No dia seguinte ambos tínhamos vontade de nos voltar a ver. De voltarmos a estar juntos. Ambos com vergonha de dar o primeiro passo a convidar o outro. Disseste-me que tinhas uma proposta inviável e sugeriste-me um solitário e patético passeio a pé por onde vivo. Então eu sugiro um novo encontro! Queria era estar contigo de novo! E tu aceitaste!

Acabámos por ir ao cinema e depois voltámos para tua casa. Onde mais uma vez ficámos até às tantas à conversa mas, desta vez, com uma grande diferença, ficámos deitados no sofá, abraçados um ao outro, a sentir e a apreciar aquele momento único. A custo nos separámos e combinámos novo encontro para Sábado, o que te leva a enviar-me uma sms com os dizeres "Como se costuma dizer: Nunca mais é Sábado". E eu sorrio com estas mensagens. Fazes-me bem, fazes-me sentir leve.

O tempo foi passando, com alguns ajustes de parte a parte, como é natural em duas pessoas que se gostam e que se estão a conhecer melhor! Fiz coisas que te desagradaram, tomaste atitudes que me desiludiram. Mas tudo isso faz parte natural de um processo de crescimento e maturação daquilo que se pode chamar "relação", porque nos mantivemos juntos, porque sabíamos (embora por vezes duvidássemos e até nos custasse a acreditar nisso) que gostávamos um do outro.

Assustava-te o eu não dizer nada, o não perguntar nada e agir como se a tua situação não me preocupasse ou afectasse. Mas sempre te disse que era a minha maneira de respeitar o teu tempo. Falarias quando sentisses que deverias falar, tal como eu te contaria partes minhas quando achasse que o momento era o oportuno.

Assustava-me o tu gostares de mim e, por várias vezes, me disseste que não acreditava em ti quando mo dizias. Em parte era verdade, fruto de inseguranças minhas, como mais tarde te confessei. Também a ti te assustava o eu dizer que gostava de ti e, embora possa parecer estranho, era algo que nos unia.

Vivias uma situação muito particular, para a qual procurei sempre ter em consideração e, mesmo quando tomavas atitudes que me magoavam profundamente, eu procurava compreender, não só porque gostava de ti, mas porque sabia a pressão que caía sobre ti! E tu gostavas de mim e, num dia específico, enviaste várias sms a dizer "por favor espera, não te vás embora", quando tinha bastado a primeira para me fazer ficar a tua espera.

Por vezes ficava zangado, magoado, fulo da vida, mas com uma piada tua ou um olhar teu eu sorria e dizia também uma piada e tudo ficava bem.

Depois mudaste de casa e eu achei que isso seria uma libertação para ti, um grito de liberdade face a certas coisas que te prendiam e, no meio da tua dúvida e receio, eu apoiei-te, porque vi que seria bom para ti e, porque não dizê-lo, bom para nós.

Gostavas de mim! Um dia, num sussurro disseste que me amavas. E novamente o repetiste porque eu não tinha ouvido bem. E tudo foi maravilhoso. No dia a seguir esqueceste-te de mim e, pior que tudo, que tinhas dito que me amavas. Não sei se não te lembras mesmo ou se o peso da palavra te assustou (que eu cobardemente só lhe correspondi mais tarde por sms).

Se num momento tudo parecia correr bem, no outro tudo começou a desabar. Quase como se eu já não fizesse parte da tua vida, como se fosse algo secundário. No meio do aperto pedes-me um espaço, mas ao mesmo tempo pedes para eu não me afastar.

Durante esse espaço ages como se eu não existisse e eu fico numa plena agonia. Sem saber como agir, sem saber o que dizer, com medo de te desagradar, com medo de te perder.

Mas o certo é que te perdi! Dizes que gostas de mim, mas que não estás pronto para uma relação. Apesar das várias propostas e modelos que te fiz, de coração na mão, a tremer por dentro, tu só me repetias "agora não". Justificas esse agora, mas eu penso que lá no fundo tens medo! Medo do futuro, medo do que possas sentir e então preferes um corte já, agarrado a uma justificação racional.

Ao mesmo tempo dizes que não me queres perder, que continuas a gostar de mim mas que me queres ter como amigo. Não sei como o consegues fazer, como falas como se nada fosse, como se nada tivesse acontecido enquanto eu estou ali, a teu lado, completamente desfeito. Eu não consigo ser assim, como se houvesse um interruptor que se aperta e ora se passa a ser amigo, ora não.

Sinto que fiz figura de urso! No meio disto tudo fiz figura de urso! Lutei por algo, lutei por ti, tentei não te desagradar (mesmo não tendo sido perfeito) para não te perder e, no entanto, perdi-te. Aliás, já estavas perdido à priori e eu, feito estúpido, deixei-me acreditar que haveria esperança para um recomeço.

Estou muito magoado com tudo e sabes disso. Sabes como me sinto e o sinto por ti! Não quero ser injusto contigo. Eu não me portei bem no global porque exigi e pressionei demais. Tu também não foste verdadeiramente sincero. Como tu próprio dizes foste egoísta durante um tempo!

Em escritos teus te queixavas de as pessoas não se entregarem. De complicarem as coisas. De complicarem o simples. Parece-me que o teu medo do que possa ser (ou da tua força ou do que queres) também te está a fazer complicar e esquecer o simples.

O certo é isto: eu gosto de ti! Tu dizes gostar de mim! Mas não me queres... "agora não"!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Insónia

Só vejo o tempo a passar...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009

O império do medo III

É um livro que me tem feito pensar bastante. Não porque seja um romance de uma intemporalidade profunda, mas apenas porque coloca por palavras muitos tópicos sobre os quais eu há muito já pensava e com os quais, de uma forma geral, concordo bastante.

O medo controla-nos na vida. um medo que tem várias origens e que se manifesta em diferentes alturas da nossa vida, com maior ou menor força. Não sei ao certo quando surge esse medo na nossa existência. Talvez surja quando, pela primeira vez, nos comparamos com o outro e, por qualquer motivo nos sentimos diminuídos.

Diz-nos Eckhart Tolle que «o medo manifesta-se na forma de um inquietante e constante sentimento de não ser digno ou suficiente bom». E isto é bem verdade! Conhecemos alguém por quem nos começamos a interessar e, de repente, temos medo daquilo que nós próprio sentimos, não só porque sentimos que nos escapa um pouco ao controlo, mas também (e talvez essencialmente por isso) por não nos sentirmos dignos ou suficientemente merecedores das atenções que sobre nós recaem.

Estes receios levam-nos a fazer tremendos disparates. Numa primeira reacção instintiva, quase animal, perante o receio que pressentimos face ao que começamos a sentir, temos tendência a nos afastar. Esse afastamento, por muito subtil que seja, é percepcionado pelo outro o que, por sua vez, o leva também a retrair-se um pouco.

Então entra-se um pouco numa fase despesista, em que, seja de que maneira for, se procura apagar o medo de perdermos e/ou não sabermos lidar com o que sentimos numa tentativa de se compensar o vazio que se sente por dentro, fruto do medo e alimentado por ele. E então começamos-nos a sentir inseguros.

Esta insegurança vai transfigurar-se em diferentes perspectivas. Vamos começar a duvidar de nós e do que sentimos e não só isso, mas começamos a duvidar mesmo da força daquilo que sentimos. Logo de seguida ficamos com medo do futuro, de não termos certezas quanto ao futuro e, por norma, o ser humano gosta de ter as suas certezas. Só que acabamos por nos esquecer de algo bastante importante, tão absortos estamos nos nossos receios e projecções futuras. O tempo não passa de uma ilusão, por isso devemos-nos centrar naquilo que realmente é o importante, o Aqui e o Agora.

Eckhart Tolle dá uma resposta ao porquê da importância do agora. Diz-nos ele «porque é que ele é a coisa mais preciosa? Em primeiro lugar, porque é a única coisa. É tudo o que existe» (...) «o espaço dentro do qual toda a sua vida se processa» (...) «a Vida é agora». Por isso enquanto estamos a projectar os nossos receios num futuro incerto e inexistente, estamos a perder a nossa oportunidade de viver o agora, de sermos felizes agora, que afinal é o tudo que temos mesmo.