quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

How to heal a broken heart?



Hoje sinto-me desfeito! Emocionalmente desfeito! Sinto-me perdido, sem saber ao certo para que lado me virar! Estou numa daquelas fazes da vida em que nada corre bem! Em que tudo parece se conjugar para pôr à prova as nossas forças.

Uma história que podia ser simples, do tipo: boy meets boy and they fall in love, complica-se tal como sempre se complica tudo aquilo que envolve sentimentos. Em parte a culpa é minha por alimentar esperanças! Em parte a culpa é do outro alguém que também alimentou esperanças (não sei se por não saber o que quer, se de forma involuntária).

É triste gostar de alguém que não nos quer! É uma das piores dores que se sente, que nos atinge bem dentro da alma, dentro da essência do que somos! É sempre mau lidar com a rejeição, especialmente quando ela surge de forma estranha, envolta em mensagens e atitudes dúbias, quase como se "brincassem" com os nossos sentimentos.

Digo isto porque por vezes é o que parece. Dizemos uma coisa e explicamos o que isso significa para nós! Do outro lado dizem-nos que compreendem mas, passado um tempo, voltam a usar os termos que pedimos para não usarem e que o outro sabe o que representa para nós! Falo aqui no plural porque creio não ser o único a passar por este tipo de sentimentos.

Não quero pensar mal de alguém de quem gosto profundamente! Não quero ser injusto! Tento compreender as coisas! Mas no fundo tudo se resume à famosa frase do "he's just not that into you"! E isso dói! É uma dor que corrói, que nos aperta e nos revira a alma!

Tentamos não fazer a coisa errada para não estragar sabe lá Deus o quê! Depois descobrimos toques de insensibilidade e de como o outro apenas está virado para o seu umbigo, embora se mostre com um discurso de "evolução". Sabendo o que sentimos, mesmo assim, de uma forma insensível, quase desumana, quase sem compaixão, nos diz "um dia que conhecer alguém que sinta que é algo sério digo-te e até to apresento"! E eu lá quero conhecer aquele que tem/representa aquilo que eu não tive ou não representei para o outro? Quem é que consegue tão rapidamente "seguir em frente"? Só mesmo quem não gostou! E isso é o que depois nos entristece mais e em que colocamos em causa tudo o que nos foi dito no passado, tudo o que aconteceu: foi verdade mesmo? Foi sentido? Ou não passou tudo de uma ilusão que construímos e o outro alimentou!

Sinto-me mal! Sinto-me triste! Sinto-me arrasado por dentro! Estou carente! Preciso de um abraço! De um abraço forte! De um abraço sentido! E não tenho quem mo dê! E choro! Choro e volto a chorar! Choro por mim, choro por ele, choro por nós ou pela promessa do que podíamos ser ou ter sido! Chega a um ponto em que apenas choro!

E mesmo assim continuo a gostar! Continuo a sentir-me ligado a ele, como da primeira vez! E é coisa rara em mim isso! E volta novamente a mágoa! Desta vez pelo outro não ser capaz de ver o quão especial sou! O quão bom poderia ser para ele! Mas acabou...

Como se cura um coração partido? Dizem-nos que com o tempo, que o tempo tudo cura! E é verdade! O tempo cura, mas o tempo também desgasta! O tempo também nos faz deixar de acreditar, faz-nos ir perdendo a fé! Mas é verdade que é esse o esquema: um dia chora-se, no dia a seguir chora-se um pouco menos, no outro ainda um pouco menos, até que se deixa de chorar!

Algures na net li isto:

«Com o tempo, percebes que para ser feliz com uma outra pessoa, precisas em primeiro lugar, de não precisar dela. Percebes também que aquele que amas (ou que achas que amas) e que não quer nada contigo, não é definitivamente o "alguém" da tua vida. Aprendes a gostar de ti, a cuidar-te e principalmente, a gostar de quem também gosta de ti. O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até ele. Assim, no final das contas, vais achar não quem estavas à procura, mas quem estava a procurar por ti!»

Com o tempo também se aprende a duvidar...

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