sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Mala suerte!

Há momentos na vida em que uma pessoa pensa que vai ter uma semana descansada, mas em que tudo parece se concentrar para nos dar cabo do juízo e arruinar essa semana em que pretendíamos apenas estar no relax, calmamente e sem stresses, acabando nós por ir parar ao sofá de um psicólogo ou psiquiatra. Ora eu tive uma semana dessas!

Escolho o domingo para começar. Apenas e só porque era o dia dos namorados e, em que todas as empresas do mundo, num grande complot internacional contra nós, enfeitam as cidades com ursinhos e corações e chocolates e tudo o mais que nos possa fazer não esquecer que não temos ninguém especial a nosso lado.

Chegamos a segunda e o excel resolve ficar meio para o avariado ao ponto de nos estragar um dos ficheiros mais importantes que tínhamos no computador. Por causa disso, passamos os dois dias seguintes a fazer tudo e mais alguma coisa para tentar recuperar a informação contida nesse ficheiro. É claro que, numa semana destas, todo o nosso esforço foi em vão e não conseguimos recuperar nada de nada e tudo só serviu para nos desgastar e provocar imensas dores de cabeça, daquelas mesmo físicas e não apenas literárias.

E eis que chega quinta-feira e vamos ao médico, a uma consulta já há muito marcada, para ver como estamos após um problema que tínhamos tido em finais de Setembro de 2009. E finalmente, ao fim deste tempo todo (de Setembro a Fevereiro) ficamos a saber o que raio nos tinha acontecido em Setembro. Mas a conversa até tem o seu quê de cómico, numa alusão às tragicomédias clássicas do teatro grego:

- Médico: Bem isto em Setembro estava mesmo em mau estado, mas também está de acordo com a doença que tem.

-Eu (espantado e surpreso): Eu tenho uma doença?

- Médico: Sim, o senhor tem (um daqueles nomes técnicos enormes que no segundo seguinte esqueci) e é uma doença grave.

- Eu (ainda mais apalermado): Eu tenho uma doença grave? (o médico nesta altura já deve pensar que somos atrasados mentais)

- Médico: Sim... e vai acompanhá-lo sempre. Podemos tentar controlá-la, mas não tem cura.

É nesta altura que o nosso cérebro desliga, enquanto o médico explica as coisas todas, usando os termos técnicos e depois, a nosso pedido, os termos leigos, e se combina o que se vai fazer a seguir para controlar a coisa.

Quase automaticamente saímos do consultório, com um atestado na mão, encaminhamos-nos para o carro e, só aí, o nosso cérebro volta a ligar-se e é quando desatamos a chorar, feitos Madalenas arrependidas.

No meio disto tudo, a semana passou e nada se adiantou do trabalho que se tinha para fazer porque não há vontade, não motivação e... não há excel!

Citando um dizer antigo, há semanas em que uma pessoa de manhã, em que uma pessoa à tarde não devia acordar à noite!

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