terça-feira, 20 de outubro de 2009

Guardo algo de ti...


Guardo algo de ti em meus lábios,

Dado ao desgosto, doce, que sorvo em frenesim,

E por muito, toco os lábios, querendo talvez,

Que me seja os dedos húmidos(dado ao pranto)

A causa(sina) para tanto sofrer.


Guardo algo de ti em meu lábios,

Mesmo que para ti, bocas sejam apenas bocas,

Sabendo que não enxergas alma, tão pouco calma,

Naquilo que insistentemente chamas de amor.


Guardo, quem sabe por doce teimosia, inquieta...

Para que saibas que inda que não haja(de ti) amor,

É certo que há um peito, e nele há um sonho,

Mesmo que não saibas: No peito habita um coração.


Ainda assim, guardo algo de ti...insosso

Quer seja nos lábios, quer seja num poema triste.

Pois minha existência é tão finda, não cabe desamor.


Guardo algo de ti, sim! Em minh'alma,

E sem nenhuma métrica o faço,

Talvez por não ser um canto, nem pranto(saiba).

Apenas como um poema para me recordar...

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