terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Uma questão de altura!

Chega uma altura na vida de qualquer Slut em que temos que renovar aquele cartãozinho que traz a nossa dedada e que dá pelo belo nome de Bilhete de Identidade.

Hoje resolvi ir tratar da renovação do meu, uma vez que estava prestes a caducar. Saio do trabalho e o primeiro passo a ter é o excitante mundo de tirar uma foto com ar de parvo ou de condenado que me vai marcar a identidade pelos próximos cinco anos.

E assim foi. Entre o sente-se nesse banco, endireite as costas, incline a cabeça "práqui" ou "práli" e a eterna discussão entre o "sorria" e o "não me apetece" lá se tirou mais uma fotografia tipo passe, daquelas rápidas, em que uma pessoa acaba sempre por ficar com ar de anormal ou de que veio de outro planeta.

Segue-se depois o passo de ir tratar da renovação propriamente dita. Decidi-me por ir ao Areeiro, ao invés de me ir enfiar numa das confusões de uma das Lojas do Cidadão.

Chego lá. Tiro a senha. Faltam ainda 50 pessoas serem atendidas até chegar a minha vez. Na boa. Aquilo ali até que anda rápido e não se espera muito.

Vou comprar os impressos. Ponho-me a preenchê-los. Para não variar muito engano-me no concelho de nascimento (o tico e o teco não andavam a funcionar lá muito bem) e sento-me a jogar Tétris no telemóvel à espera que chegue a minha vez.

Lá toca a sineta correspondente ao meu número e lá me dirijo para o balcão correspondente. A senhora (que não devia estar nos seus dias, ou então, pelo contrário, até estava "naqueles" dias) confirma os dados, olhando para o monitor do computador. Manda-me assinar o novo cartão. Suja-me o indicador de tinta. Faz-me deixar a minha marca em ambos os papéis (ao menos evoluímos face aos animais e já não precisamos de andar a urinar pelos cantos para deixar a nossa marca). Preenche o recibo e entrega-mo com o seu belo ar trombudo dizendo um frio "está pronto na sexta".

Muito ingenuamente (quem me manda abrir a boca?) pergunto: "então não me mede?". Ela mira-me de alto a baixo e replica: "acha que com a sua idade ainda cresce?". Eu não sei que ar de indignação fiz,ou que olhar lhe lancei, o certo é que ela acrescentou: "a não ser que esteja mal medido, venha daí".

E lá fui eu atrás da senhora para ser medido. Encostei-me. Ela põe-me aquela coisa na cabeça. Olha-me para os sapatos e exclama: "cresceu um centímetro" e lá foi toda carrancuda alterar-me a altura no impresso (a sério que fiquei com a impressão que a senhora deve ser pré-orgasmática).

Um centímetro senhores! Um centímetro! Pode ser pouco mas é meu! Tenho direito a ele e já mo queriam roubar! Dizem que o tamanho não interessa... mas é um centímetro! O meu centímetro! O certo é que não deixei que mo tirassem. Por isso exclamo a plenos pulmões: Sluts deste país, reivindiquem os vossos centímetros em falta! Tenho dito!

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