segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Anatomia do broxe

Há muita má língua à solta por este país, o que explica o estado depressivo em que se encontra grande parte da população. Não só as mulheres andam mais nervosas, pois muitas nunca sentiram uma verdadeira língua trabalhadeira a bater-lhes claras em castelo à porta da sua piriquita enquanto esperavam pela entrada do respectivo travesseiro, como nos põem nervosos a nós.

Mas não é dessa má língua que afecta a líbido feminina (ou a falta dela) que venho aqui falar hoje. Venho falar da má língua que afecta a parte masculina. A imagem não engana! É isso mesmo! Venho aqui falar de broxes!

A anatomia do broxe! Como se faz? Como não se faz? Se espera resposta a estas questões então talvez deva continuar a leitura, se bem que não consigo confirmar que no final vá saber muito mais do que já saiba. Se não espera a resposta e já tem a solução, então há que continuar a ler para no final confirmar e comparar as opiniões (novamente não confirmo que no final se vá chegar a grande conclusão).

Ha quem pense que broxar (nem sei se o verbo existe) é como lamber um gelado! Ora lá está! É uma noção errada! Qualquer criança de três anos sabe lamber um gelado, no entanto, o outro tipo de lambidela é uma arte que nem toda a boca domina.

Onde está o segredo desta arte? Não está nem no molho nem na massa. Está na língua! Isso mesmo! Está no uso que se faz da língua e do quão ginasticada ela pode ser.

Primeiro que tudo há que abrir a boca to start the blowing. Depois é soltar a língua e deixá-la fazer o seu trabalho, percorrendo e desvendando todos os recantos da peça que trabalha, misturando-se com ela, as duas sendo uma. Nada de abocanhar tudo à pressa, lambendo a torto e a direito, como faz qualquer cão que se preze quando lambe o dono (na cara, entenda-se). Há que ir com calma, saborear com apreço, afinal de contas há tempo para tudo, ninguém vai mesmo a lado nenhum, pelo contrário vão vir!

Por isso suas boquinhas matreiras, libertem o Pizarro que há em voz e partam à conquista dos prazeres da joelheria!

(eu avisei que no final não se chegaria a grande conclusão)

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